Sífilis: o que é, formas de contágio, diagnóstico e tratamento
- Thatiany Araújo
- 10 de ago. de 2023
- 2 min de leitura
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela pode afetar várias partes do corpo e seus sintomas variam conforme as fases da doença (primária, secundária e terciária), sendo os mais comuns: aparecimento de feridas na pele e nas mucosas, especialmente nos órgãos genitais, febre, mal-estar, perda de peso e dores musculares e nas articulações.
Entretanto, a sífilis também pode se manifestar de forma assintomática. No período de latência, a bactéria continua presente no organismo e a pessoa infectada continua transmitindo a doença, mas não apresenta nenhum sintoma, o que dificulta a identificação da patologia.

A principal forma de contágio é o contato direto com uma pessoa infectada durante uma atividade sexual desprotegida. Mas, de acordo com Geilton Xavier de Matos, farmacêutico e coordenador do Ambulatório Escola (AMBES) da UEMG - Passos, a sífilis congênita, transmitida de mãe para filho durante a gravidez ou durante o parto, tem chamado atenção das autoridades de saúde. “Existe uma preocupação muito grande para a erradicação da sífilis congênita, porque os sintomas que as crianças acometidas com a sífilis podem adquirir são sintomas neurológicos graves”, afirma.
Para o diagnóstico da sífilis são usados diferentes tipos de teste, os quais podem detectar a presença da bactéria ou a resposta do organismo frente a infecção. Os principais testes são os não-treponêmicos, rápidos e usados como triagem inicial, e os testes treponêmicos, específicos para a sífilis e capazes de detectar a presença dos anticorpos contra a Treponema pallidum, sendo usados para confirmar o diagnóstico. A testagem para a doença deve ser oferecida regularmente pelos serviços de saúde e também pode ser realizada no Ambulatório Escola, onde todos os exames são feitos gratuitamente em qualquer paciente que os solicitar. Matos enfatiza que “por ser uma infecção que possui uma fase assintomática é muito importante que as pessoas procurem a realização do teste rápido, porque pode acontecer da pessoa estar infectada e não saber e com isso transmitir a uma pessoa que não está infectada.”
O tratamento da patologia é realizado por meio do uso de antibióticos, principalmente penicilina. Mas, a escolha do antibiótico e a duração do tratamento dependem da fase em que a doença se encontra. Nas fases iniciais, os pacientes são tratados, geralmente, com injeção intramuscular de penicilina, conhecida como benzetacil. Caso a doença esteja em um estágio mais avançado, são aplicadas múltiplas doses de penicilina, administradas ao longo de várias semanas. Esse tratamento é gratuito e está disponível nas unidades básicas de saúde, inclusive no AMBES.
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