Estudante e professora de enfermagem lançam cartilha sobre farmacogenética e depressão em adultos
- Yngrid Horrana
- 17 de nov. de 2023
- 3 min de leitura
No mês de setembro, a pesquisadora Ingrid Vitória Marques, aluna do 6º período do curso de Enfermagem da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) - Unidade Passos, lançou a cartilha “Depressão e Farmacogenética em Adultos Jovens”, desenvolvida a partir do estudo incentivado pelo Programa Institucional de Apoio à Pesquisa (PAPq), que teve como orientadora a professora do curso de Enfermagem e Doutora em Enfermagem Psiquiátrica Fernanda Daniela Dornelas Nunes.

Lançada durante a campanha “Setembro Amarelo” - mês de combate ao suicídio, a cartilha tem o objetivo de acessibilizar informações sobre a incidência da depressão em pessoas com idades entre 20 e 24 anos, apresentando as diferentes maneiras que o organismo de cada um desses indivíduos pode responder à introdução de medicamentos utilizados no tratamento da doença.
“O tema da pesquisa me desafiou muito incialmente, pois não era uma área que eu conhecia e nem tinha domínio sobre. Ademais, a Fernanda foi de uma maestria e gentileza enorme ao me orientar, fornecendo artigos e até mesmo dar algumas aulas mais especificas sobre o tema antes da construção do projeto”, conta a estudante.
De acordo com Ingrid, o projeto de iniciação científica foi submetido e aprovado ao Edital 11/2022 do PAPq/UEMG, pelo qual ela é contemplada com uma bolsa de apoio à pesquisa. "Tem sido muito proveitoso para mim, pois o valor está sendo voltado para investimentos que enriquecem e agregam bastante em meu conhecimento e auxilia nas despesas. Não sou natural de Passos, fiz essa mudança de cidades justamente devido à faculdade, e a bolsa da pesquisa tem contribuído para me manter”, diz a estudante, ressaltando os impactos positivos que o investimento em pesquisa provoca nos alunos, nos professores e na sociedade.
“A pesquisa proporcionou muitos desafios, me tirando totalmente da zona de conforto”, revela. Para Ingrid, além de aprimorar seus conhecimentos, a experiência tem influenciado na consolidação dos seus objetivos de carreira.
“Minha pretensão é continuar com as pesquisas e mais futuramente tentar conseguir um mestrado. Toda a construção do projeto foi realizada com muito carinho e trouxe à tona a importância da educação e conscientização. Ensinar é uma das artes mais bonitas e desafiadoras que tem, você é colocado em constate evolução”, declara.
PESQUISA
De acordo com os objetivos do Programa Institucional de Apoio à Pesquisa (PAPq), o programa busca contribuir para a iniciação de discentes em atividades de pesquisa, com intuito de fomentar habilidades científicas, visando também que o assunto seja de relevância social e proporcione resultados benéficos para a saúde, cultura, meio ambiente e aos demais setores da sociedade.

Ainda conforme a estudante Ingrid Marques, um projeto de pesquisa científica pode ser desenvolvido a partir do interesse do próprio aluno em se aprofundar em determinado tema. “A ideia inicial do projeto surgiu depois de uma aula de farmacologia a respeito da atuação dos antidepressivos bem como do seu tempo de ação. Diante disso, comecei a pesquisar e me fascinar com o como a genética pode facilitar e melhorar a eficiência e efetividade no tratamento da depressão”, conta a estudante.
“Fui orientada a procurar a Fernanda para mostrá-la os meus pensamentos iniciais e ideias para o possível projeto. Ela já aceitou a ideia de cara e me auxiliou a procurar artigos e um maior embasamento teórico para enfim construirmos o projeto”, diz.
Segundo a pesquisadora, a cartilha tem sido um meio útil e prático na disseminação de métodos de prevenção e tratamento da depressão entre a comunidade acadêmica, principalmente às pessoas entre 20 e 24 anos. Além disso, ela ressalta a importância do estudo para a consolidação do saber científico: “Engloba explicações e perpetuações de conhecimentos úteis de um modo fácil e simples de entender. Abordando assim, como os avanços científicos podem melhorar a especificidade e qualidade no tratamento e, por conseguinte, a qualidade de vida”, conclui.
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