Alunos de Jornalismo e de Publicidade refletem sobre o papel da mídia na comunicação segura em evento na UEMG
- Raissa Bicalho
- 24 de abr.
- 2 min de leitura
Na última terça-feira, 22 de abril, foi realizada no Bloco 6 da UEMG-Passos a palestra “Comunicação Segura e o Papel da Mídia”, ministrada pela Prof.ª de Enfermagem do IFSULDEMINAS e especialista em saúde mental Andrea Alves. O evento reuniu estudantes e profissionais da área da comunicação para uma reflexão sobre a atuação da mídia e sua responsabilidade na abordagem de temas delicados, como o suicídio.
De acordo com Andrea Cristina Alves, a iniciativa para essa formação se deu como desdobramento do seu pós-doutorado, que envolve a aplicação de pré e pós-testes e discussões de casos reais com profissionais da mídia. O objetivo principal é contrapor o chamado “efeito Werther” – a imitação de comportamentos suicidas influenciada pela forma como são noticiados os atos de autoextermínio – com o “efeito Papageno”, que busca a prevenção do suicídio por meio de uma abordagem midiática responsável.
Andrea também enfatizou a importância dessa discussão, considerando o crescente número de casos de suicídio no Brasil em contraste com a redução observada em outros países. “Quantos mais profissionais bem orientados em como publicar determinadas matérias, melhor e mais prevenção de suicídios podemos fazer com aqueles que estão passando por um sofrimento existencial ou depressão.”
Segundo o estudante de Jornalismo da UEMG, Guilherme da Costa e Silva, a formação provocou a conscientização e uma visão mais empática e humanitária sobre o assunto. “Achei uma experiência de extrema importância, e espero ter outras programações como durante o curso, uma vez que vai auxiliar no meu preparo para ser um profissional melhor e mais ético.”
A palestrante também desmistificou alguns estigmas e tabus que rondam a temática, como a crença de que falar sobre o assunto pode desencadeá-lo. Além disso, destacou a importância da construção de laços de esperança e solidariedade nas comunidades e redes de apoio. “Nós precisamos cada vez mais construir laços de esperança e solidariedade entre os pares, e entender como que nós dentro do nosso contexto podemos ser laços para apoiar pessoas que estejam passando por um comportamento suicida.”
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